As Nações Unidas declararam hoje epidemia de fome na capital da Somália, Mogadíscio, e em mais duas áreas do país situado no Chifre da África, elevando para cinco o número total de regiões com esta classificação. De acordo com o Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), 12,4 milhões de pessoas precisam de assistência.
A declaração sobre a epidemia de fome na capital da Somália ocorre após dois meses de fluxos massivos de deslocados internos e altos índices de desnutrição. O Coordenador Humanitário da ONU para o país, Mark Bowden, afirmou que além da capital, o Corredor de Afgoye e a região do Shabelle Central também enfrentam a epidemia de fome.
“Apelo a todos aqueles que puderem – tanto somalis como os membros da comunidade internacional – para redobrar os esforços durante este mês sagrado, com o objetivo de alimentar os famintos, curar os doentes e evitar que a fome se espalhe ainda mais”, afirmou o Representante Especial do Secretário-Geral para a Somália, Augustine Mahiga, referindo-se ao Ramadã, que começou na última segunda-feira.
Até o momento, o OCHA informou ter recebido apenas 44% dos recursos necessários para responder à crise no Chifre da África. É preciso um adicional de 1,4 bilhão de dólares para atender as necessidades. Em 20 de julho a ONU declarou epidemia de fome no Baixo Shabelle e no Bakool do Sul. A classificação é dada quando são ultrapassados limites nas taxas de mortalidade, desnutrição e fome.
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