A deficiência sempre foi vista como uma coisa fora dos padrões normais das sociedades, como alguma limitação para as pessoas que as possuem. Desde os primórdios da humanidade sempre existiram pessoas com deficiência, onde estas eram severamente discriminadas, pela sociedade de um modo geral, bem como pela própria família, que na maioria dos casos escondiam os portadores de deficiência e, em alguns casos mais excepcionais os deficientes eram sacrificados como na Grécia Antiga e também entre povos indígenas mais afastados do convívio com o homem branco. Com o passar dos tempos, poucas mudanças foram promovidas para melhorar a inclusão das pessoas com algum tipo de deficiência, principalmente no campo educacional, isso por que, grande parte da sociedade acredita que essas pessoas não têm capacidade de conviver harmoniosamente com outros grupos tidos como normais. Talvez o preconceito seja um dos principais entraves ao desenvolvimento de mecanismos de inclusão social e educacional dos portadores de deficiência, no que diz respeito à acessibilidade, à educação e aos cuidados que devemos ter com essas pessoas que de alguma forma precisam de uma atenção diferenciada, nós educadores precisamos estar preparados para lidar com esse desafio, o preparo profissional seja na área da educação ou saúde e a mudança de atitudes com relação universalização da garantia direitos são elementos fundamentais no processo de inclusão social.
No Brasil, muita coisa tem mudado em relação aos portadores de algum tipo de deficiência, se formos comparar ao período de 1975 na Declaração dos Direitos das Pessoas Deficientes, que define como deficiente uma pessoa incapaz de assegurar por si mesma, total ou parcialmente as necessidades de uma vida social individual normal,etc. podemos observar que a própria declaração mostra preconceitos e impõe ao mesmo tempo limitações. Mas apesar das conquistas, muita coisa ainda precisa ser feita para que sejam garantidos os devidos direitos que estão na constituição, mas que de fato não saíram ainda do papel em sua totalidade, pois na maioria das vezes precisa-se recorrer ao próprio Estado para garantir um direito que é dever do Estado.
Lutar por inclusão social é um desafio de todos.
Professor Evandro Dias